Acim é a favor da queda do custo do uso nas lojas

José Augusto Gomes e Libânio Victor Nunes de Oliveira, ambos da Acim, comentam planejamento do Banco Central
Segundo o superintendente da associação comercial de Marília, José Augusto Gomes, a queda no custo operacional do cartão de débito vai estimular os lojistas, que até preferem o recebimento eletrônico. “É menos perigoso do que ter dinheiro em caixa, sem contar o estresse para alguns ao levar o dinheiro ao banco”, comentou ao acrescentar. “O Banco Central ao reduzir o custo para os cartões de débito é uma medida voltada para o lojista”, comentou. “Em alguns casos se o lojista reduz esse custo, isso pode chegar para o consumidor”, calcula o dirigente mariliense que também é favorável ao uso deste sistema.
De acordo com o Banco Central um dos objetivos da análise é incentivar o uso de instrumentos – como os cartões – que economizem a utilização de papel moeda. Isso faria o País gastar menos com a fabricação de cédulas e moedas e, de quebra, elevaria o controle sobre a circulação de recursos, coibindo atividades ilícitas. “Achamos que pode ser interessante para o sistema, para a sociedade, usar menos papel moeda por algumas razões”, escreveu Ilan Goldfajn, presidente do Banco Central. “No caso da lavagem de dinheiro, isso é uma contribuição válida do Banco Central, um esforço de segurança”, comparou.
Para Ilan Goldfajn, a redução do custo do cartão já faz parte da Agenda BC+, de metas de longo prazo da instituição. O aumento do uso de meios eletrônicos, para reduzir o uso de papel moeda e coibir ilícitos, também entrará na agenda. Esse movimento do BC, apoiado pelo setor de cartões e do varejo, está em sintonia com uma tendência global. Outros países têm discutido a redução do uso de papel moeda para combater a lavagem de dinheiro e o pagamento de propinas a funcionários públicos.
No Brasil, existem atualmente cerca de 25,5 bilhões de moedas em circulação e 6,125 bilhões de cédulas. No total, isso equivale a R$ 224 bilhões. Ao mesmo tempo, com a medida, os gastos do País com a compra de notas – seja para reposição, seja para dar conta da demanda monetária – será menor. Em 2016, o Brasil gastou R$ 505,2 milhões para imprimir 1,062 bilhão de cédulas e 651 milhões moedas. Em 2017, o gasto chegou a R$ 625,3 milhões (1,116 bilhão de cédulas e 769 milhões de moedas).