O presidente da Associação Comercial e de Inovação de Marília, Adriano Luiz Martins, considerou como extraordinário o recorde de abertura de empresas no primeiro trimestre deste ano, como sendo importante sinal da retomada do crescimento econômico, após a pandemia. “Mais uma demonstração de que o comércio está se fortalecendo e ajudando a melhorar a economia”, disse o dirigente ao tomar conhecimento sobre as micro e pequenas empresas do Brasil, aquelas que faturam entre R$ 81 mil e R$ 4,8 milhões por ano, que criaram 214.413 negócios desses portes, número 9,2% superior ao de 2022 e 60,8% maior ao de 2019, no pré-pandemia. “Isso era esperado de acordo com o movimento entre as lojas”, comentou o dirigente mariliense, que também é o atual vice-presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo.
De acordo com a pesquisa realizada as micro e pequenas empresas também aumentaram a participação no grupo dos pequenos negócios, passando a representar 21,2%. Em 2022, elas correspondiam por 19,2% e em 2019, 17,5%. “Os microempreendedores individuais [MEI] continuam sendo a grande maioria, mas esse resultado do primeiro trimestre mostra uma melhoria na qualidade do empreendedorismo e reflete uma confiança melhor dos empreendedores na economia brasileira”, comenta o presidente do Sebrae, Décio Lima, que também considerou como positiva a retomada da economia através do comércio.
Os microempreendedores individuais somaram 798.826 negócios abertos no primeiro trimestre desse ano, ou 78,8% do total, mas tiveram uma leve queda de abertura e, consequentemente, redução na participação quando comparado com o mesmo período do ano passado, quando foram registradas 823.244 formalizações (80,74% do total dos pequenos negócios). Essa redução fez com que o número de pequenos negócios abertos nos três primeiros meses apresentasse uma ligeira queda, de 0,6%, na comparação com igual período do ano passado, caindo de 1.019.572 para 1.013.239. Quando analisados os setores, dentre as 1.013.239 empresas abertas no primeiro trimestre de 2023, Serviços obteve maior número, com 584.166 novas empresas (57,7%), seguido de Comércio com 268.092 (26,5%), Indústria com 79.920 (7,9%), Construção Civil com 73.440 (7,2%) e Agropecuária com 7.621 (0,8%). O estado de São Paulo registrou o maior número de novas empresas, 291.144 (28,7%), seguido por Minas Gerais, com 110.126 (10,8%), e Rio de Janeiro com 83.193 (8,2%).
Adriano Luiz Martins lembra que dentre as dez classes de CNAE com maior número de abertura de MEI, a maioria é do setor de Serviços (8 classes, 304.372 empresas, 38,1% do total), sendo uma do setor de Comércio (38.911 empresas, 4,9% do total) e outra do setor de Construção Civil (30.283 empresas, 3,8% do total). A classe nomeada “Cabeleireiros e outras atividades de tratamento de beleza” é a maior, correspondendo a 52.650 empresas (6,6%) do total de MEI, seguido das “Atividades de publicidade não especificadas anteriormente” com 48.807 empresas (6,1%) e “Atividades de ensino não especificadas anteriormente” com 41.979 empresas (5,3%). As 10 maiores classes de CNAE correspondem a 46,8% da abertura total de MEI.
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Márcio C Medeiros – Jornalista