O vice-presidente da Associação Comercial e de Inovação de Marília, Carlos Francisco Bitencourt Jorge afirmou que as vendas do e-commerce brasileiro no ano passado cresceram 27% na comparação com 2020, para R$ 182,7 bilhões, impulsionadas pelo forte desempenho das categorias de alimentos e bebidas e produtos de giro rápido. “Isso reflete a mudança de comportamento do consumidor e do comerciante”, disse satisfeito o dirigente de Marília ao analisar as informação que constam do Webshoppers, relatório elaborado pela NielsenIQ/Ebit, sobre a performance do comércio eletrônico na última temporada em todo o território brasileiro. “Essa é uma tendência que vai continuar subindo”, prevê o vice-presidente da diretoria que acompanha o desenvolvimento do e-commerce em geral.
Segundo ele o crescimento das vendas no ambiente “on-line” foi acompanhado de um número expressivo de novos consumidores. Foram 12,9 milhões de brasileiros que compraram pela primeira vez no ano passado, elevando o total para 87,7 milhões de consumidores. O ticket médio geral das vendas ficou em R$ 441,00 alta de 4% na comparação com 2020. Já os novos entrantes gastaram um valor médio levemente superior, R$ 454,00. O e-commerce cross-border, aquele realizado com lojas “on-line” de outros países, apresentou um crescimento expressivo em 2021, acima do total geral do mercado brasileiro. Em relação a 2020, houve um aumento de 60% no faturamento, alcançando R$ 36,2 bilhões.
De acordo com Carlos Bitencourt Jorge o destaque de 2021 foi a categoria de Alimentos e Bebidas, que registrou aumento no volume de pedidos de 107% sobre o ano anterior. A alta dessa categoria foi muito superior ao do restante do espectro do e-commerce. “Esse é outro indicativo da mudança na preferência do consumidor”, ressaltou ao detalhar a pesquisa e considerar números otimista para o comércio eletrônico que vem num crescente muito grande entre os comerciantes de Marília. “Hoje o índice de rejeição ou de medo é muito menor que no ano passado”, falou ao apontar a pandemia como uma exigência na mudança. “Esse negócio do consumidor não sair de casa fez o comerciante mudar o pensamento”, acredita o vice-presidente da diretoria da associação comercial mariliense.
Observando os números, Carlos Francisco Bitencourt Jorge notou que a categoria Bebê & Cia avançou 34%, Construção & Ferramentas, 31%, e Informática, 24%. No entanto, como produtos alimentícios e bebidas têm um valor menor, a contribuição geral para o faturamento do e-commerce é reduzida, apenas 2%, número igual ao de 2020, aponta o relatório. O principal motor do volume de vendas ainda são as categorias de Eletrodomésticos (21%), Telefonia (20%), Casa e Decoração (11%) e Informática (10%). “Esses segmentos estão mais evoluídos, afinal, começaram antes com as vendas pela Internet”, disse ao querer justificar os índices analisados. “O que percebe-se agora é que o brasileiro está fazendo nas plataformas digitais as compras de mercado para se abastecer”, acrescentou ao verificar produtos de giro rápido, normalmente vendidos em mercados, por exemplo, tiveram alta de 41,1% no e-commerce em 2021, na comparação com o ano anterior. Na parte de alimentos, a maior expansão nas vendas aparece em Hortifrutigranjeiros (119,4%), Sobremesas & Confeitaria (50,8%), Bomboniere (48,9%), Matinais (29,2%) e Mercearia (22,7%).
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Márcio C Medeiros – Jornalista