O presidente da Associação Comercial e Industrial de Marília, Adriano Luiz Martins, se mostrou muito preocupado com as medidas impostas pelo Governo do Estado de São Paulo, ao criar a “Fase Emergencial”, complicando ainda mais o desenvolvimento do varejo em geral no combate a Pandemia contra a Covid-19. “Esses 15 dias de fechamento geral serão caóticos para todo o comércio”, lamentou ao mostrar-se contrário as medidas apresentadas. “Depois de 12 meses continuamos tendo o mesmo comportamento que já mostrou-se ineficaz”, disse incrédulo quanto a mudança de estratégia por parte do Governo do Estado de São Paulo. “Reconheço os riscos, mas continuar agindo assim será bem pior”, falou ao se preocupar com os 87,6% de taxa de ocupação nas UTIs em todo o Estado de São Paulo e as mais de 63 mil vidas perdidas. “A guerra é difícil, por isso precisamos mudar a estratégia de combate”, opinou.
Ao ouvir as argumentações do governo paulista, Adriano Luiz Martins, acredita que nestes 15 dias de “Fase Emergencial”, o quadro não deve se alterar muito, apesar dos 47% de pacientes a mais internados no comparativo com o pico da primeira onda, ou até mesmo os 20 dias consecutivos de recorde de pacientes internados. “Fiscalização severa é o caminho, e isso vem sendo superficial”, disse ao deixar claro que o problema da contaminação está nas aglomerações clandestinas e não no comércio. “Os lojistas se transformaram em agentes de saúde, distribuindo máscaras, álcool em gel e evitando aglomerações”, defendeu ao propor o cumprimento do decreto estadual, por ser lei. “O comércio é um cumpridor de leis: federal, estadual e municipal”, disse ao sugerir o comportamento do comércio mariliense. “O abre e fecha é prejudicial, pois, abrir sem ter consumidor é prejuízo”, explicou ao defender o bom senso que não está havendo por parte da população e nem das autoridades públicas. “O Governo radicaliza e a população não leva à sério”, apontou o motivo do conflito.
As restrições completas das lojas de material de construção, suspensão das celebrações religiosas coletivas e atividades esportivas coletivas só agravam a situação do varejo em geral. “O tele-trabalho é o caminho e deveria ser estimulado”, defendeu. A permissão para “drive thru” entre 5 as 20 horas e “delivery” 24 horas para restaurantes e outros estabelecimentos de alimentação é um “respiro” para o setor mais prejudicado com a pandemia. “A não autorização a entrega de alimento e produtos ao cliente no estabelecimento comercial é uma conscientização”, comentou Adriano Luiz Martins bastante preocupado com o futuro do varejo em geral.
A utilização do comércio eletrônico continua sendo a indicação da Associação Comercial e Industrial de Marília que criou uma ferramenta para esta finalidade com segurança no sistema de pagamento e de entrega. Mais de 300 lojas de Marília participam do: www.marilia.dakki.com.br em que é possível comprar e vender pela internet num ambiente eletrônico seguro e confiável. “Mas as denúncias devem ser mais intensas”, defendeu o presidente da associação comercial local, apontando as aglomerações clandestinas como o foco do problema. De acordo com Adriano Luiz Martins, além da Ouvidoria do Município pelo telefone: 0800-7766-111 ou por e-mail: ouvidoria@marilia.sp.gov.br ou através de “whatsapp” 14-99799-6361, e até mesmo o 190 da Polícia Militar, as denúncias poderão ser feitas, também, para: 0800-771-3541 (ligação gratuita) ou pelo site: www.procon.sp.gov.br ou por e-mail: secretarias@cvs.saude.sp.gov.br. “A população pode ajudar neste combate denunciando que faz errado” defendeu o dirigente mariliense.