Foi confirmado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, o valor de R$ 250,00 para o próximo Auxilio Emergencial, que será pago pelo Governo Federal, e que deve ajudar a movimentar o comércio varejista. Segundo o presidente da Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim), Adriano Luiz Martins, esse valor deverá provocar o início da tão esperada recuperação da economia. “Para o varejo será importante em razão de que a incerteza continua, mas pelo menos haverá movimento entre as lojas”, acredita o dirigente que vem assessorando os lojistas a incrementarem as vendas pela internet, a melhor alternativa do comércio nesta quarentena, com o fechamento compulsório das lojas, de acordo com a Fase Vermelha em que se encontra todo o Estado de São Paulo.
Para o superintendente da associação comercial mariliense, José Augusto Gomes, a declaração do ministro foi recebido com alívio pelos comerciantes, afinal, era grande a possibilidade de não acontecer. “Após reunião com o presidente Jair Bolsonaro para tratar da compra de vacinas contra a Covid-19, foi dado o sinal verde”, disse o dirigente mariliense que vinha acompanhando os movimentos do Palácio do Planalto, neste sentido. “O auxilio emergencial acaba repercutindo no comércio em geral”, acredita o representante da associação comercial que tem conversado com vários lojistas e sentido preocupação com o movimento das lojas neste ambiente de incertezas, devido a falta e o poder de compra do consumidor.
De acordo com os especialistas em Brasília a expectativa é que o valor comece a ser pago ainda neste mês, com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição 186/2019, a chamada PEC Emergencial. O texto possibilita o pagamento do auxílio com créditos extraordinários sem ferir o teto de gastos públicos. Para o ministro Paulo Guedes, a decisão sobre a amplitude do auxílio emergencial é do Ministério da Cidadania. “Nós [Ministério da Economia] só fornecemos os parâmetros básicos”, disse o ministro que se encontra em uma situação delicada diante dos últimos acontecimentos políticos, sociais, de saúde e econômicos. “Todas essas questões atingem diretamente o consumidor que na insegurança acaba não consumindo”, lamentou José Augusto Gomes que também é da opinião do varejo atuar no comércio eletrônico durante esse período instável. “No futuro vamos avaliar o que é melhor, ou se é possível trabalhar com as duas plataformas: o balcão e a internet”, falou.
Nas contas do Ministério da Economia o valor para mulher chefe de família monoparental deve ser de R$ 375 e, no caso de homem, de R$ 175. “Se for casal, já são R$ 250”, informou Paulo Guedes que foi a favor do Auxilio Emergencial num primeiro momento, mas na atual situação tem preocupações em conseguir as fontes para os recursos necessários. “O auxílio emergencial foi criado em abril do ano passado pelo governo federal para atender pessoas vulneráveis afetadas pela pandemia de Covid-19”, recordou Adriano Luiz Martins. “Ele foi pago em cinco parcelas de R$ 600 ou R$ 1,2 mil para mães chefes de família monoparental e, depois, estendido até 31 de dezembro em até quatro parcelas de R$ 300 ou R$ 600 cada”, comparou o dirigente da associação comercial que é a favor do auxílio, que atinge o comércio em geral. “Sem dinheiro a economia não gira”, resumiu ao lembrar que terão direito aos repasses, obedecendo a uma série de critérios econômicos e sociais, integrantes do Bolsa Família, cidadãos incluídos no Cadastro Único (CadÚnico), além de trabalhadores informais, contribuintes individuais do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e microempreendedores individuais que solicitaram o benefício por meio de plataformas digitais ou aplicativo da Caixa Econômica Federal.