Encontro realizado com um grupo de comerciantes que integra o Conselho dos Empreendedores da região central da cidade de Marília, com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Marília, Pedro Pavão, aconteceu na sede da Associação Comercial e Industrial de Marília, quando detalhes sobre o comportamento das lojas neste final do ano e começo do ano que vem, foi amplamente discutido entre os lojistas e os dirigentes, principalmente no que se refere a questão da Lei Municipal sobre o Código de Posturas do município e o Dissídio Coletivo de Trabalho. “Muito foi falado e explicado, mas ainda existem a necessidade das negociações”, comentou o presidente da entidade classista, Adriano Luiz Martins, que considerou válido o encontro realizado, promovido pelo conselho recém criado na associação comercial.
Segundo Adriano Luiz Martins o objetivo dos integrantes deste conselho é discutir problemas pontuais quanto ao varejo na região central. “Esses assuntos com o sindicato patronal é geral para toda a cidade”, ressaltou ao lembrar que o encontro abordou outros assuntos como as campanhas promocionais do final do ano, principalmente as atividades natalinas programadas para os principais corredores comerciais da cidade, sendo que os principais estão nas ruas e avenidas da região central, além do calçadão da Rua São Luiz, considerado o centro comercial da cidade. “Falamos de muitos assuntos, mas naturalmente essa preocupação com o código de posturas e o dissídio coletivo são os mais preocupantes”, disse o presidente da associação comercial mariliense que está estimulando a criação de outros conselhos envolvendo outras regiões comerciais da cidade. “Existem questões pontuais entre os corredores comerciais espalhados na cidade e os assuntos que atingem todos de uma forma geral”, comparou ao apontar a importância da criação dos conselhos.
Sobre o Dissídio Coletivo de Trabalho o presidente do Sindicato do Comércio Varejista se limitou a dizer que as tratativas com os representantes da classe dos comerciários continuam e que até o momento não chegaram a um acordo. “A realidade é outra e agora as implicações legais devem ser outras, também”, defendeu Pedro Pavão que procurou ser claro e objetivo ao apontar os pontos que dificultam um entendimento prévio, ou até mesmo dentro do prazo, que terminou em Outubro. “Essa negociação é sempre trabalhosa, desgastante e sempre polêmica”, reconheceu o representante do sindicato patronal ao mostrar as dificuldades que encontra e os pontos que defende. “Agora com a retomada da recuperação financeira os empregados devem compreender a dificuldade dos empregadores, para evitar o desemprego e a piora na economia familiar”, ressaltou ao prever queda na contratação, após o período natalino e ainda aumento na dispensa dos já efetivados.
Outra questão que também foi amplamente falado foi quanto a modernização do Código de Posturas do Município de Marília. “Nosso código é de Janeiro de 1992 com atualização em 2012 em alguns pontos, ou seja, é preciso de uma revisão total nove anos depois”, lembrou o presidente da associação comercial que vem conversando frequentemente com o presidente da Câmara Municipal de Marília, Marcos Santana Rezende, e outros vereadores, neste sentido de adequar o código com a realidade do varejo em geral agora. “O código precisa incluir alguns detalhes que não existiam naquela época, e excluir outros que não se usam mais e atrapalham o desenvolvimento”, generalizou o dirigente ao lembrar que o documento envolve o Poder Público Municipal, quanto a limpeza e manutenção, sanções, fiscalização, licenciamentos, diversões públicas, funcionamento, interdições, informalidade, higiene pública e de alimentos, meio ambiente, presença de animais, produtos tóxicos, publicidade e propaganda, dentre outros detalhes.