O vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Marília, Carlos Francisco Bitencourt Jorge, acredita no crescimento da utilização do pagamento eletrônico, através do PIX, entre os lojistas de diversos segmentos do varejo. Levantamento realizado pelo Sebrae, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), aponta que o Pix já é utilizado por 86% dos pequenos negócios. “No ano passado, no mês de agosto, pesquisa semelhante mostrava que os adeptos desse sistema de pagamento eram 77%”, falou ao se mostrar animado com o crescimento e acreditar que neste ano o resultado chegue bem próximo dos 100%. “É uma comodidade para ambos os lados: comerciante e consumidor”, afirmou o dirigente mariliense que só enxerga vantagens nesta opção de pagamento que vem se diversificando para uma maior amplitude.
A opção pelo Pix tem crescido entre empresas de menor porte porque o sistema é mais ágil e envolve menos custos que as maquininhas de cartão, segundo Carlos Melles, presidente do Sebrae, que também acredita numa maior utilização do sistema por parte dos empreendedores em geral. “É um sistema que não onera o consumidor, mais barato que uma taxa de cartão e que pode ser usado 24 horas por dia”, ressalta o dirigente. “Sem contar na segurança, seja no recebimento ou até mesmo de roubos e furtos entre as pessoas que andam com dinheiro vivo”, acrescentou Carlos Francisco Bitencourt Jorge que tem conversado com comerciantes da cidade de Marília e praticamente todos eles afirmaram utilizar o sistema eletrônico de pagamento/recebimento.
Quando dividido por porte, os microempreendedores individuais (MEI) estão um pouco à frente dos donos de micro e pequenas empresas. Entre o primeiro grupo, 87% já fizeram a adesão, contra 85% do segundo. Já quando analisadas as atividades mapeadas pela pesquisa, estão empatadas, em primeiro lugar, entre as que mais utilizam o Pix, as academias e os serviços de alimentação, com 94% dos empreendedores aceitando essa modalidade, seguidas pelas oficinas e empresas ligadas à beleza, com 93%. As atividades que menos aderiram foram as ligadas aos serviços empresariais (71%) e energia (79%). “A comodidade e principalmente a facilidade de acesso, e até mesmo por não haver restrição no uso, é uma ferramenta mais do que vantajosa para qualquer comércio”, opinou o vice-presidente da diretoria da associação comercial mariliense, ao ressaltar o fato de que, desde que ele foi criado, há pouco mais de um ano, já foram realizadas mais de 1,2 bilhão de transações por meio do Pix que movimentaram R$ 623 bilhões.
Outro detalhe lembrado pelo dirigente de Marília é quanto as várias formas de utilização do sistema. “Seja por identificação pessoal própria, pelos dados bancários ou até mesmo por “QR Code”, é possível utilizar o sistema a qualquer momento com garantias de ambos os lados: de quem paga e de quem recebe”, falou ao sugerir esta opção de pagamento, sempre que é consultado, principalmente nas plataformas eletrônicas de e-commerce. “Cartões de crédito, débito, benefícios, boletos bancários, TED e outras formas de pagamento são sempre boas, mas o PIX qualquer pessoa que tenha uma conta bancária pode utilizar, sem custo, dependendo do caso”, falou ao utilizar bastante o sistema. “Evitar a utilização de dinheiro vivo é o caminho”, acrescentou outra situação proporcionada pelo PIX.
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Márcio C Medeiros – Jornalista