A diretoria da Associação Comercial e de Inovação de Marília recebeu com otimismo os resultados divulgados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostram o volume de vendas do comércio varejista com alta de 0,8% na passagem de dezembro de 2021 para janeiro deste ano. “Isso já é um bom sinal de que podemos esperar melhoras nas próximas pesquisas”, festejou o presidente da entidade, Adriano Luiz Martins, ao analisar os dados com o vice-presidente da diretoria, Carlos Francisco Bitencourt Jorge. “Na passagem de novembro para dezembro, o setor teve queda de 1,9%”, recordou o dirigente ao mostrar otimismo para este primeiro trimestre do ano.
De acordo com a divulgação da pesquisa do IBGE, no acumulado em 12 meses, o setor registra alta de 1,3%. Na comparação com janeiro do ano passado, no entanto, o varejo recuou 1,9%, a sexta queda consecutiva neste tipo de comparação. “Ainda vivemos momentos de incertezas, ainda mais com a Guerra na Europa, que vai afetar economicamente o nosso país”, opinou Carlos Francisco Bitencourt Jorge ao relacionar a alta registrada puxada por equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (0,3%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (3,8%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,4%).
O interessante desta pesquisa é que cinco segmentos tiveram queda: tecidos, vestuário e calçados (-3,9%), livros, jornais, revistas e papelaria (-2%), móveis e eletrodomésticos (-0,6%), combustíveis e lubrificantes (-0,4%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,1%). “Isso chamou a atenção, afinal, são segmentos importantes para o varejo em geral”, disse em tom de surpresa o presidente da associação comercial. “Por outro lado a receita nominal cresceu 1,5% de dezembro para janeiro, 1% na média móvel trimestral, 10,6% na comparação com janeiro de 2021 e 14% no acumulado de 12 meses”, festejou de maneira confiante para que números mais elevados sejam registrados na próxima pesquisa. “Com a diminuição da tensão sobre a pandemia, vamos reagir mais”, falou Adriano Luiz Martins.
Para Carlos Francisco Bitencourt Jorge é interessante verificar que o varejo ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, recuou 0,3% em seu volume de vendas na passagem de dezembro para janeiro. “A falta de peças automotivas e principalmente as férias, certamente afetaram esses dois segmentos que vinham num crescente”, arrisca opinar o vice-presidente da diretoria da associação comercial, que observa nos dados apresentados pelo IBGE que as vendas de veículos, motos, partes e peças recuaram 1,9%. No caso de materiais de construção, a queda foi de 0,3%. “Mas mesmo assim o resultado final foi positivo”, aliviou-se mesmo verificando que no comparativo o volume do varejo ampliado também teve queda de 1,5% na comparação com janeiro do ano passado, mas subiu 0,2% na média móvel trimestral e 4,6% no acumulado de 12 meses. “Verifico que a receita nominal do segmento teve altas de 1,2% na comparação com dezembro, de 12% em relação a janeiro do ano passado e de 18,4% no acumulado de 12 meses”, pontuou otimista.
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Márcio C Medeiros – Jornalista