O vice-presidente da diretoria da Associação Comercial e de Inovação de Marília, Carlos Francisco Bitencourt Jorge, elogiou a performance das micro e pequenas empresas que apresentaram um saldo positivo de 176,8 mil novas contratações, contra um saldo de 50,6 mil postos de trabalho das médias e grandes, o que corresponde a 70,2%. “Isso quer dizer que as micro e pequenas empresas foram responsáveis por sete em cada dez vagas de trabalho formais criadas em julho deste ano”, falou o dirigente de Marília ao lembrar que este índice vem mantendo o ritmo de geração de empregos registrado nos seis primeiros meses do ano. “Isso é importante em todos os sentidos, afinal, o emprego fortalece o poder de compra do consumidor”, comentou animado.
Os números fazem parte do levantamento realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência. “A média mensal de empregos gerados pelos pequenos negócios, desde o início do ano, se mantém superior a 160 mil”, comparou Carlos Francisco Bitencourt Jorge que vem acompanhando mensalmente o desempenho do varejo, para calcular uma projeção do que o comércio pode esperar nos meses seguintes. “No acumulado de 2022, o Brasil já supera a marca de 1,5 milhão de empregos gerados, sendo as micro e pequenas empresas responsáveis por 1,1 milhão, o equivalente a 72% do total”, continuou a comparação o vice-presidente da associação comercial. “Por sua vez, as médias e grandes criaram 327,2 mil vagas, ou seja, apenas 21%”, falou.
Outra questão apresentada pelo dirigente mariliense é que em todos os setores analisados pela pesquisa, da mesma forma que os tamanhos das empresas, apresentaram saldos de contratações positivos no mês de julho. “Entre as micro e pequenas empresas, os três setores que mais geraram empregos se mantêm: serviços (61.996), comércio (34.469) e construção (30.661)”, analisou o vice-presidente que está entusiasmado para o segundo semestre, cuja a tendência, é ser melhor, independente do período da eleição ou até mesmo da Copa do Mundo. “Eleição deixa o pessoal preocupado, e a Copa do Mundo há um estímulo natural nas vendas”, frisou o dirigente.
O Covid-19 certamente influenciou de alguma maneira os números comparativos por apresentar situações e realidades diferentes. “Por outro lado é complicado comparar com os números antes da pandemia”, disse ao considerar injusto. “Mas também os números da pandemia são baixos, porque, quase que paramos na totalidade”, lembrou ao reconhecer que a forte recuperação de serviços também é detectada quando se analisa o acumulado do ano. “Entre os pequenos negócios, apenas esse setor gerou quase 600 mil postos de trabalho dentre os 1,1 milhão criados pelo segmento”, observou ao fazer o comentário. “Todos os setores dos pequenos negócios apresentam saldo positivo de geração de empregos”, igualou. “O importante é que o Governo promova mais empregos e que dê segurança às empresas para que elas também ofereçam mais oportunidades de trabalho”, deseja o vice-presidente da associação comercial que vê no emprego a sustentabilidade da economia.
LEGENDA – Carlos Francisco Bitencourt Jorge, vice-presidente da associação comercial, destaca atuação das micro e pequenas empresas
LEGENDA/FOTO – ARQUIVO: Carlos 060922
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Márcio C Medeiros – Jornalista