15 de janeiro de 2024
IMPOSTÔMETRO – Em 2023 recorde de arrecadação. Em 2024 previsão de queda

O presidente da Associação Comercial e de Inovação de Marília, Carlos Francisco Bitencourt Jorge, acredita que em 2024 a elevação no pagamento de impostos será menor que em 2023, por causa do ano eleitoral e devido às perspectivas de uma menor expansão na atividade econômica e de uma inflação menor. “No ano passado o brasileiro pagou R$ 3,1 trilhões em tributos para os governos, segundo estimativas do Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo”, disse o dirigente mariliense ao lembrar que o montante representou uma alta de 5,8% na comparação com o resultado de 2022, sem corrigir pela inflação. “Todo ano é isso que acontece, ou seja, sempre o Governo arrecada mais”, falou em tom de preocupação, afinal, a classe produtiva é a que mais paga impostos, diminuindo o ganho empresarial.

Para Carlos Francisco Bitencourt Jorge o aumento da arrecadação no ano passado teve como causas “a inflação elevada – uma vez que o sistema tributário taxa fortemente o consumo – e também a expansão da atividade econômica”. “Para o empresariado em geral não tem como trabalhar sem pagar impostos, portanto, entre as partes, o Governo é quem mais ganha e infelizmente não retribui na prestação de serviço público da mesma forma”, criticou o dirigente ao fazer o alerta sobre o quanto o Governo ganhou com a classe produtiva no ano passado, e quanto deve ganhar este ano. “Haverá uma redução do crescimento da arrecadação, que deve avançar 3% sobre o resultado de 2023”, estima Carlos Francisco Bitencourt Jorge.

A decomposição dos R$ 3,1 trilhões arrecadados no ano passado mostra que R$ 2 trilhões entraram no caixa do governo federal, R$ 839,3 bilhões foram para os Estados e R$ 190 bilhões para os municípios. Esses valores incluem impostos, taxas, contribuições, multas, juros e correção monetária. Como comparação, em 2022, quando o Impostômetro registrou R$ 2,8 trilhões, a União arrecadou R$ 1,9 trilhão, os governos estaduais, R$ 793,3 bilhões, e os municipais, R$ 179,7 bilhões. “Isso hoje em dia é possível acompanhar através do impostômetro em tempo real”, falou o presidente em exercício da associação comercial mariliense, ao apontar o endereço eletrônico para o acompanhamento na Internet através de: https://impostometro.com.br/

Um detalhe que chamou a atenção do presidente da associação comercial mariliense é que no dia 25 de dezembro de 2023, o brasileiro recebeu um “presente de grego”: o Impostômetro, painel eletrônico da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) que estima a arrecadação nacional de tributos em tempo real, atingiu, às 15h49, a marca inédita de R$ 3 trilhões em tributos federais, estaduais e municipais recolhidos aos cofres públicos ao longo do ano. Esse montante revela como o peso dos impostos não deu trégua ao longo do tempo. No mesmo dia de 2022, o Impostômetro registrou R$ 2,8 trilhões, ou R$ 200 bilhões abaixo da marca atual. Há 10 anos, quase na virada de 2013 para 2014, o painel registrava R$ 1,8 trilhões, às 21h45 do dia 29 de dezembro. “Essa é outra demonstração do quanto vem crescendo a cada ano o ritmo de arrecadação de imposto no País e sempre de maneira crescente”, disse Carlos Francisco Bitencourt Jorge.

#
Márcio C Medeiros – Jornalista

Últimas atualizações