26 de setembro de 2025
IMPOSTÔMETRO x GASTÔMETRO – Dirigente da Associação Comercial alerta para gasto excessivo

A segunda tesoureira da Associação Comercial e de Inovação de Marília, Ilma Maria Aires de Lucena, faz alerta da grande diferença entre o que o Governo arrecada e gasta, com base nos dois painéis criados para o acompanhamento público das finanças governamentais. De acordo com a dirigente da associação comercial mariliense, enquanto a arrecadação estimada pelo Impostômetro totaliza R$ 2,88 trilhões, no Gastômetro, que mensura os gastos públicos, somam R$ 3,84 trilhos. “Uma diferença de R$ 1 trilhão, praticamente”, disse a dirigente de Marília, ao envolver os governos federal, estaduais e municipais. “Os dois painéis estimam em tempo real os recursos que entram e saem dos caixas do setor público”, disse a segunda tesoureira da diretoria executiva ao lembrar que ambos os painéis foram criados pela Associação Comercial de São Paulo.

Enquanto a arrecadação estimada pelo Impostômetro, do início do ano até esta sexta-feira (26), é de R$ 2,88 trilhões, os gastos públicos, acompanhados pelo Gasto Brasil (Gastômetro), somam R$ 3,84 trilhões – sendo R$ 1,64 trilhão saídos dos caixas do governo federal, R$ 1,08 trilhão dos estados e R$ 1,11 trilhão dos municípios. Quando o Gasto Brasil (Gastômetro) foi lançado, em abril deste ano, ele registrava R$ 1,6 trilhão, enquanto, à época, o Impostômetro marcava R$ 1,2 trilhão, uma diferença de R$ 400 bilhões. Em cinco meses, as despesas dos governos cresceram 139%. “Está mais do que óbvio que a conta não vai fechar e vai sobrar para a população sofrer, principalmente com a péssima qualidade do serviço público”, comentou Ilma Maria Aires de Lucena ao lamentar a desproporção financeira entre as entradas e saída do caixa do Governo.

José Augusto Gomes, superintendente da Associação Comercial e de Inovação de Marília, diz que o aumento dos gastos públicos pode levar o Brasil a um cenário incerto nos próximos meses, com o aumento da dívida pública, dos precatórios – garantia judicial de que um ente público irá pagar uma dívida – e elevação da taxa básica de juros, o que reduziria o crescimento da economia e afastaria investimentos. “O momento é delicado entre as contas do Governo”, alerta o dirigente mariliense. “À medida que o governo gasta além do orçamento, a dívida pública aumenta, assim como a emissão de precatórios, o que gera mais dívidas”, disse ao explicar tecnicamente. “A dívida pública no final do ano estará em 80% do PIB”, prevê. “É muito alta considerando a taxa de juros que temos”, diz o superintendente da associação comercial. No caso do governo federal, considerando o cenário fiscal atual, José Augusto Gomes diz que restarão poucas opções: dar o calote nos credores ou vender títulos públicos e emitir mais moedas, aumentando a circulação de dinheiro dentro do país, o que pode levar a um aumento da inflação.

DESPESAS DO GOVERNO – O Gasto Brasil (Gastômetro) aponta que, entre as principais despesas do governo federal, se destacam 11 categorias que representam 96% do total. As maiores despesas neste grupo são com a Previdência, Despesas com Pessoal e Encargos Sociais, sendo que essas três categorias correspondem a cerca de 60% daquele R$ 1,64 trilhão saído dos cofres da União no ano até setembro. Os gastos federais com a Previdência no ano de 2025 somam, pelos dados do Gasto Brasil, R$ 791 bilhões. A previdência social é um problema macroeconômico, afirma José Augusto Gomes, que deve ser sentido pelas futuras gerações. “O sistema é baseado na contribuição dos empregados, que funciona quando há mais pessoas entrando no mercado de trabalho do que pessoas se aposentando”, falou. “Quando a expectativa de vida da população aumenta, isso faz com que o governo tenha que achar outra fonte de financiamento para a Previdência”, alertou ao mostrar um dos maiores problemas da economia brasileira.

LEGENDA – A diretora da associação comercial de Marília, Ilma Maria Aires de Lucena, faz comparativo entre painéis
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