O presidente da Associação Comercial e Industrial de Marília, Adriano Luiz Martins, lamentou mais uma vez, o comportamento do Governo do Estado de São Paulo, em prorrogar a fase emergencial de enfrentamento à pandemia do coronavírus até o dia 11 de Abril, domingo. As medidas mais rígidas de restrição de circulação e atividades estão em vigor nas 645 cidades do estado para frear o aumento de casos e mortes por Covid-19 e reduzir a sobrecarga em hospitais públicos e particulares. “Já está comprovado de que esse tipo de fechamento compulsório não funciona”, lamentou o dirigente que aponta a fiscalização nas aglomerações clandestinas como o melhor caminho. “Agindo assim o Governo ganha antipatia e revolta principalmente daqueles que serão obrigados a encerrar as atividades da empresa”, comentou o dirigente de Marília que não concorda com esse tipo de comportamento neste momento.
Desde o dia 15 de março, a fase emergencial determina toque de recolher nos 645 municípios todos os dias, entre 20h e 5h, além de impedir o acesso a parques e praias. Qualquer tipo de aglomeração está proibido. O uso de máscaras deve ser intensificado em qualquer ambiente interno ou externo de acesso público. As escolas da rede estadual só estão abertas para distribuição de merenda a alunos carentes e entrega de materiais mediante agendamento prévio. Para reforçar o distanciamento social e reduzir a circulação urbana, a fase emergencial aumenta restrições de algumas atividades comerciais autorizadas na etapa vermelha do Plano São Paulo.
O presidente da associação comercial de Marília alerta de que estão proibidas as retiradas presenciais de produtos em restaurantes e lanchonetes, o atendimento presencial em lojas de material de construção, as celebrações religiosas coletivas e atividades esportivas em grupo. Lojas e restaurantes só podem fazer entregas a clientes dentro de veículos (“drive thru”), entre 5h e 20h, ou por entrega em sistema “delivery” por telefone ou aplicativo. Não há restrição ao funcionamento de supermercados. Mercearias e padarias podem funcionar seguindo as regras de mercados, com proibição de consumo no local. O teletrabalho é obrigatório para todas as atividades administrativas não essenciais do serviço público e também na iniciativa privada. Todas as medidas visam reduzir a circulação de ao menos 4 milhões de pessoas por meio das restrições adicionais. “Se no período de 12 meses não conseguiram evitar a proliferação do vírus agindo assim, era precisa tentar outros mecanismos”, reclama. “É continuar errando com o fechamento do comércio”, completou.
Diante da situação Adriano Luiz Martins continua sugerindo a população que ajude na fiscalização entrando em contato com: Ouvidoria do Município pelo telefone: 0800-7766-111 ou por e-mail: ouvidoria@marilia.sp.gov.br ou através de “whatsapp” 14-99799-6361, e até mesmo o 190 da Polícia Militar, quando as denúncias poderão ser feitas, também, para: 0800-771-3541 (ligação gratuita) ou pelo site: www.procon.sp.gov.br ou por e-mail: secretarias@cvs.saude.sp.gov.br. “A população pode ajudar neste combate denunciando quem faz errado” defendeu o dirigente mariliense, que aponta numa fiscalização mais rigorosa nas aglomerações, do que o fechamento compulsório. “Fecha não resolve, só piora”, alertou ao perceber muita indignação por parte da população e principalmente da classe empresarial.