O presidente da Associação Comercial e Industrial de Marília, Adriano Luiz Maertins, está otimista com a expectativa de vendas para o Dia das Mães este ano, ainda mais com recente pesquisa desenvolvida pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) que prevê elevação de 8,8% nas vendas, no comparativo com o ano passado. “É o maior valor desde 2014”, observou o dirigente mariliense, que acreditava num índice entre 3% a 5%. “As vendas no varejo devem atingir R$ 4,46 bilhões neste ano no Estado de São Paulo”, falou surpreso ao analisar os dados apresentados que se forem confirmados o faturamento do comércio paulista com a data comemorativa será 56,5% maior do que o de 2020, quando as lojas estavam fechadas, e 8,8% maior do que o comparativo com as venda em 2019.
De acordo com a pesquisa o segmento de vestuário e calçados deverá corresponder a 33% deste montante, seguido por supermercados e hipermercados (21%) e utilidades domésticas (17%). “Este aumento de vendas foi construído ao longo de 2019 e a partir da segunda metade de 2020”, diz Fábio Bentes, economista da CNC que não espera para este Dia das Mães um “boom” do e-commerce, que correspondeu a 6% das vendas totais do varejo no ano passado, isso porque nos segmentos de vestuário e calçados e de supermercados, diz ele, as vendas “on-line” ainda não são tão significativas.
O volume de vendas do comércio medido pelo IBGE apresenta tendência de crescimento desde janeiro de 2019, excluindo períodos de lojas fechadas. Mas vale destacar que o ritmo de crescimento do varejo está menor mês a mês, se aproximando do desempenho da economia de 2017. “Quando as vendas crescem no varejo, o faturamento nas datas comemorativas, como é o caso do Dia das Mães, também cresce, seguindo, portanto, a mesma tendência”, explicou o presidente da Associação Comercial e Industrial de Marília, ao apontar as vendas de produtos de utilidades domésticas e eletroeletrônicos para o Dia das Mães que devem subir 48% em relação a 2019, em contrapartida, as vendas de artigos de farmácia, perfumaria e cosméticos devem crescer 27%, de vestuário e calçados, 17%, e de produtos de supermercado e hipermercado, 8%.
O horário estendido até as 21 horas anunciado pelo Governo do Estado de São Paulo, nesta “Fase de Transição”, ajudará as lojas localizadas nos shoppings, mas o dirigente mariliense reconhece que estimulará o consumidor a visitar as lojas em geral. “O crescimento previsto para este ano, se confirmado, não recupera as perdas dos lojistas no ano passado”, afirma Marcel Solimeo, economista da Associação Comercial de São Paulo. “A economia não está a pleno vapor e o consumidor não tem fôlego financeiro”, diz ao revelar que roupas, calçados e acessórios serão os presentes mais comprados para as mães neste ano. “Independente da expectativa de vendas, é preciso tomar cuidado com a contaminação, por isso os lojistas devem estar atentos a isto”, defendeu Adriano Luiz Martins ao sugerir atenção dobrada quanto ao uso das máscaras faciais, a higienização pessoal e local, e a observação quanto a aglomeração que deve ser impedida. “É preciso tomar cuidado agora para não prejudicar o comércio no futuro”, falou Adriano Luiz Martins.