O vice-presidente da diretoria da Associação Comercial e Industrial de Marília, Carlos Francisco Bitencourt Jorge, acredita que o Natal deste ano deve elevar, ainda mais, o uso dos cartões de crédito, débito e de benefícios no varejo em geral. Segundo recente pesquisa divulgada, as compras com cartões de crédito, débito e pré-pago podem ter superado R$ 28 bilhões nesta última “Black Friday” no Brasil, crescimento de aproximadamente 22% em comparação com 2020. “A cada dia que passa o uso dos cartões está mais frequente em razão da comodidade e da segurança para comerciantes e consumidores”, reconhece o dirigente mariliense que vem acompanhando a performance do comportamento do consumidor em geral, que também prefere as compras através dos cartões. “Não tem como evitar. É preciso oferecer esta opção de pagamento”, afirmou.
De acordo com o movimento da “Black Friday” no final do mês de Novembro, no período de 25 e 26 do mês passado, a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) acompanhou a movimentação do uso eletrônico do pagamento “on-line” e reforçou o pensamento de que o uso dos cartões na internet, aplicativos e outros tipos de compras não presenciais teve alta de cerca de 30% no período. As novas tendências de consumo ganharam evidência na pandemia, com forte estímulo às vendas on-line. “As pessoas estão mais acostumadas com este tipo de pagamento, dando preferência pela comodidade gerada na pandemia, quando não se podia sair muito de casa, e as vendas “on-line” eram as única alternativas”, disse ao apontar um comportamento normal no desenvolvimento do varejo. “Hábitos e costumes mudam de acordo com a necessidade”, disse o dirigente de Marília.
Segundo Carlos Francisco Bitencourt Jorge os pagamentos não presenciais representam hoje cerca de 35% de todos os gastos realizados com o cartão de crédito, por exemplo. “O uso desta opção de pagamento exige que o consumidor seja mais planejado, comedido e muitas vezes até precavido”, falou ao perceber que, diante desta mudança de comportamento por parte do consumidor, os lojistas tiveram que mudar, também, e passaram a oferecer mais opções, alternativas bancárias e atualmente é possível, inclusive, contar com a possibilidade do pagamento através do PIX. “Hoje é possível comprar com dinheiro, cartão, boleto, transferência bancária e até pelo PIX”, exemplificou ao lembrar do uso dos cartões de crédito, débito e de benefícios, que, mesmo utilizando sistemas semelhantes, são formas de pagamento diferentes. “Dai a importância do lojista investir em sistema de gestão e conexões”, sugeriu.
Essa crescente preferência no varejo em geral está fazendo o número de lojas “on-line” no Brasil crescer 22,05% nos últimos 12 meses, levando o setor a um total de 1,59 milhão de e-commerces atualmente, segundo dados de levantamento da PayPal Brasil, em parceria com a BigDataCorp. “Mesmo com esse crescimento, ainda há espaço para o setor avançar muito no país, uma vez que apenas 6,19% do varejo brasileiro faz vendas “on-line” e está se ampliando”, disse Carlos Francisco Bitencourt Jorge ao mostrar que, além da expansão acelerada, o e-commerce no Brasil segue amadurecendo: 60,37% deles adotam hoje meios eletrônicos de pagamento (carteiras virtuais), o que representa um aumento de 4,6 pontos porcentuais em relação aos dados da pesquisa realizada no ano passado. “Em 2015, 60% não aceitavam carteiras virtuais”, recordou o vice-presidente da associação comercial.