Não foi uma surpresa o relatório Webshoppers, da Ebit/Nielsen e do Bexs Banco, sobre o volume de vendas na internet, após estudos relacionados ao comércio em 2020, marcado pela necessidade de isolamento social por causa da pandemia de coronavírus, quando o varejo precisou se reinventar e o comércio eletrônico avançou 41% no ano passado, atingindo faturamento de R$ 87,4 bilhões, a maior alta de 13 anos. “Infelizmente o comerciante não tem outra alternativa a não ser o comércio eletrônico, neste período”, disse Adriano Luiz Martins, presidente da Associação Comercial e Industrial de Marília, que em breve comemorará o primeiro aniversário da plataforma eletrônica da entidade, criada para oferecer um local seguro e confiável para os lojistas de Marília venderem eletronicamente com o www.marilia.dakki.com.br. “Em Marília não foi diferente o e-commerce”, comparou ao ver a grande procura pelas vendas “on-line” na cidade.
De acordo com a pesquisa realizada em 2018 o crescimento do comércio “on-line” havia sido de 12% e, em 2019, de 16%. “Essa era a média de crescimento, que apesar de baixa mostrava-se constante e frequente”, falou Adriano Luiz Martins ao notar que em número de pedidos, a alta foi de 30%, para 194 milhões. As compras pelo celular dispararam e o dispositivo passou a representar 55,1% do total, o equivalente a R$ 45,9 bilhões. “Sem dúvida as vendas eletrônica pelo aparelho celular são muito mais intensas do que pelo computador”, disse ao investir na criação de aplicativos neste sentido, também, com o “Clube do Associado”, uma ferramenta eletrônica voltada para comerciantes e consumidores da associação comercial mariliense.
Segundo a pesquisa realizada um dos crescimentos mais expressivos foi o da categoria de Casa e Decoração, que avançou 71% em número de pedidos e passou a representar 15% do total. Em faturamento, a categoria representa 12%. “O interessante é que o consumidor começou a procurar móveis, decoração e produtos de limpeza, tudo o que é para consumo doméstico, em razão de ter que ficar em casa”, falou ao mostrar a influência da quarentena neste processo do comércio eletrônico. “As vendas passaram a ser confortáveis e prática”, disse ao mostrar a tendência de momento e futuro. “Inclusive produtos como álcool 70, fundamental para o combate ao coronavírus, e também desinfetantes, foram comprados em grande quantidade pela internet”, falou ao verificar que alimentos e bebidas apresentaram crescimento de 59% do número de pedidos, mas representa apenas 4% do total.
Outro segmento que cresceu muito no comércio eletrônico foi a categoria Farmácia que subiu 19% no mesmo indicador, mas significa apenas 1% do total. “A farmácia é uma mescla de vendas “on-line” e presencial, já que em nenhum momento elas fecharam neste período de quarentena”, lembrou o dirigente de Marília ao citar que as vendas cujo frete é grátis, também tem uma procura maior nas vendas eletrônicas, incentivando consumidores e isso respondeu por 43% das compras. “A região Sudeste representa atualmente 52% do faturamento, mas o Nordeste vem crescendo e conta com um público muito amplo”, avaliou Adriano Luiz Martins. “Hoje esta região do País saltou de 18,5% para 31,7% em 2020”, mostrou o presidente da associação comercial que continua incentivando o e-commerce desde o conceito, a prática, e principalmente o desenvolvimento. “O ponto de partida é conosco, e a partir do desenvolvimento das ferramentas eletrônicas, o comerciante passa a crescer de forma constante”, falou.